AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Os referenciais teóricos que integram esta página foram extraídos de textos presentes no Curso para Diretores de Escola Ingressantes 2018 promovido pela EFAP – Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo “Paulo Renato Costa Souza”.

Em 2019 serão iniciados os trabalhos para aplicação da Autoavaliação Institucional na Escola Estadual Professora Maria de Carvalho Senne.

Para tanto, será constituído o GT – Grupo de Trabalho que cuidará da divulgação de um cronograma de ações tendo como prioridade convidar a Comunidade Escolar para que participe desse importante evento.

Concepção, importância e objetivos

A autoavaliação institucional é um instrumento que possibilita um olhar sobre a realidade dos processos escolares e a identificação de fragilidades e potencialidades da escola, permitindo a elaboração e o desenvolvimento de um plano de melhoria.

Assim, a autoavaliação implica o desafio de apreender analiticamente tudo aquilo que constitui o cotidiano da escola. Analisar a realidade da escola supõe múltiplas tensões para aqueles que o fazem; impõe a necessidade, muitas vezes, de abandonar pontos de vistas cristalizados, de abrir mão de interesses pessoais em favor daqueles que representam o coletivo.

“Por que a avaliação institucional é importante?”

Acesse

A autoavaliação (ou avaliação interna da escola) é um processo cíclico, criativo e renovador de análise, interpretação e síntese das dimensões que definem a Instituição, ou seja, ela é um processo contínuo, não é um evento pontual. Por essa razão, a autoavaliação institucional é situada nos cronogramas escolares, feita a partir dos percursos avaliativos desenvolvidos na própria escola, nos quais pontos fortes, fragilidades e aspectos potenciais são analisados continuamente. Isso implica necessariamente um esforço de monitoramento e (re)planejamento constantes.

Os dados coletados e os instrumentos utilizados na autoavaliação institucional são produtos das reflexões da comunidade escolar que os organiza, e não formulários produzidos por especialistas externos. Por essa razão, o engajamento e a participação de todos os atores direta e indiretamente envolvidos no contexto escolar é fundamental.

De forma a efetivamente promover a melhoria dos processos pedagógicos e de gestão e, consequentemente, do ensino-aprendizagem, é necessário que a autoavaliação compreenda todas as dimensões da escola.

Referências bibliográficas

A reflexão inicial sobre a autoavaliação institucional pode ser complementada com a leitura e a análise de textos sobre o assunto. Algumas sugestões de textos:

BRANDALISE, MARY ÂNGELA TEIXEIRA. “Avaliação institucional da escola: conceitos, contextos e práticas”.

GOMES, ANTONIO CARLOS PEREIRA e GOMES, KATIANNE PEREIRA. “Gestão democrática e participativa e as contribuições para a geração da qualidade no âmbito escolar”.

GROCHOSKA. MÁRCIA ANDRÉIA, e Dra. EYNG, ANA MARIA. “A autoavaliação institucional como estratégia de gestão da escola de educação básica”. Acesse Autoavaliação Institucional

Indicadores da Qualidade na Educação/Ação Educativa, Unicef, Pnud, Inep, SEB/MEC (coordenadores) – São Paulo: Ação Educativa, 2013, 4ª edição ampliada.

LÜCK, HELOÍSA. “Dimensões de gestão escolar e suas competências”.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. “Autoavaliação Institucional 2017”.

SOUSA, SANDRA M. ZÁKIA L. “Avaliação Institucional: Elementos para discussão”.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. “Guia de elaboração do PAP. Vol 1-2012”.

Ainda como recomendação de leitura complementar sugere-se:

LÜck, HeloÍsa. Perspectivas da Avaliação Institucional da Escola, Editora Vozes Capítulo 2 Fundamentos da avaliação institucional da escola-(página 65 a 79).

VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. Coleção Magistério. 29. ed. Campinas, SP: Papirus, 2011 (página 11 a 33).

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 19. ed. São Paulo: LOYOLA EDICOES, 2011.

EYNG, Ana Maria – A Autoavaliação Institucional como estratégia de Gestão da Escola de Educação Básica.

LÜck, HeloÍsa – Avaliação institucional como compromisso com a aprendizagem.

 

Procedimentos para a constituição do Grupo de Trabalho

Será composto por dois representantes do Conselho de Escola, da Associação de Pais e Mestres, do Grêmio Estudantil, do Conselho dos Líderes de Turmas, da Equipe de Gestão, dos Professores e da Comunidade Externa Local para que, conjuntamente, executem o processo de autoavaliação institucional.

A escolha desses integrantes obedecerá aos seguintes critérios:

  1. Adesão voluntária do pretendente.
  2. Disponibilidade e flexibilidade de tempo.
  3. Capacidade de articulação com as pessoas do segmento que representará.

Este grupo de trabalho será responsável pelo processo de autoavaliação institucional em todas as suas fases: preparação, desenvolvimento monitoramento e avaliação final do processo. Serão atribuições desse grupo a organização do processo, o estabelecimento de diretrizes básicas, a articulação entre partes interessadas e a coordenação e o monitoramento da autoavaliação.

Antes do início da análise dos dados trazidos pelo Grupo de Trabalho na fase final dos trabalhos, sugere-se a leitura do texto “Construção de Indicadores Qualitativos para Avaliação de Mudanças” de Maria Cecília de Souza Minayo. O documento apresenta uma reflexão teórico-metodológica, focada na construção de indicadores qualitativos, voltados principalmente para a avaliação de mudanças no campo educacional.

O texto foi escrito para subsidiar o processo de autoavaliação de um conjunto de escolas médicas que desenvolvem um programa de transformação de seus métodos tradicionais para outros fundamentados na filosofia e na prática de aprendizagem ativa. Nele são discutidos e problematizados: o conceito de indicador; a produção de indicadores para pesquisa avaliativa e a construção de indicadores qualitativos.

Esse importante e valioso aquecimento que antecedeu a prática de procedimentos visando à realização da autoavaliação institucional permite, preliminarmente, mostrar a sugestão da sequência geral das ações a serem vivenciadas pela comunidade escolar:

Estabelecimento do GT – Grupo de Trabalho

Planejamento da Autoavaliação Institucional

Definição das categorias e aspectos, conforme as dimensões da gestão

Construção e/ou adaptação dos instrumentos de coleta

Mobilização da comunidade escolar

Coleta de dados.

Tabulação e análise dos dados.

Sistematização do relatório do processo de autoavaliação institucional.

Divulgação do relatório para a comunidade escolar.